sábado, 4 de agosto de 2012

1808

1808
a grande mudança na história do Brasil e de Portugal






Resolvi escrever sobre 1808 por causa do livro esclarecedor de Laurentino Gomes. Pra quem gosta de história e quer entender melhor os motivos que fizeram com que D. João (futuro D. João VI) e toda a corte portuguesa viessem para o Brasil, vale a pena ler.
O livro, além de relatar os acontecimentos no Brasil e em Portugal, procura mostrar minuciosamente o que estava ocorrendo em outros países (tais como França e Inglaterra), a fim de que as relações entre esses países sejam compreendidas, bem como a influência destes na história do Brasil e de Portugal.
Tentei sintetizar de forma bem simples o que, na minha opinião, tem maior importância no livro. 



O conflito - França x Inglaterra
Todos sabem da importância de Napoleão Bonaparte no contexto da história da França. Com suas vitórias excepcionais e sua ambição de governar não apenas a França, mas como toda a Europa (combatendo o Velho Regime), Napoleão não consegue vencer a Inglaterra na chamada Batalha de Trafalgar. A vitória britânica deixou clara a liderança da Marinha da Inglaterra, o que fez com que a França decretasse o bloqueio continental, proibindo relações comerciais dos países europeus com a Inglaterra a fim de abalar a economia da mesma. 


França <- Portugal -> Inglaterra
Portugal se encontrava em uma difícil situação: ceder às exigências da França em relação ao bloqueio continental ou ficar ao lado da Inglaterra, sua aliada. O livro retrata bem as relações que Portugal tinha com a Inglaterra, razão pela qual não sabe por qual lado deveria optar. D. João poderia ter permanecido em Portugal e enfrentado as tropas napoleônicas, uma vez que estas chegaram em Portugal extremamente enfraquecidas. Entretanto, a opção de fugir para o Brasil sob a proteção naval britânica parecia mais vantajosa para um príncipe regente muito indeciso. Além disso, enfrentar a França na época napoleônica era muito arriscado, uma vez que, como já citado anteriormente, esta havia conseguido vitórias consecutivas. Obviamente que, durante tal impasse, Portugal tenta enganar tanto a França quanto a Inglaterra, fazendo uma espécie de jogo bilateral.
Uma observação importante a se fazer é que em troca da proteção naval britânica, Portugal posteriormente abriria os portos do Brasil às nações amigas. Deste modo, a prática mercantilista vai sendo deixada de lado, acarretando no fim do Pacto Colonial. É nítido que o país mais beneficiado com esse acordo foi a Inglaterra.


As consequências da fuga em Portugal
"Com a fuga do rei, Portugal deixava de ser Portugal, um país independente, com governo próprio." Essa frase, retirada do próprio livro, mostra a repercussão negativa da fuga da família real em Portugal. O país passa a ficar desprotegido em relação a possíveis invasões. Não obstante, Portugal possuía uma monarquia absoluta, ou seja, o rei detinha de plenos poderes. Assim, a figura do rei era de suma importância para o país. Sem a presença deste, a sensação de desamparo era grande. 


As consequências da fuga no Brasil
A família real ficou no Brasil por treze anos. O Brasil, aos poucos, deixa de ser colônia para finalmente conseguir sua independência. A abertura dos portos, apesar de favorecer muito mais a Inglaterra do que qualquer outro país, também foi vantajosa para o Brasil, o qual deixa de ser uma simples colônia de Portugal. E tal abertura só foi possível devido à vinda da família real para o Brasil, uma vez que Portugal havia feito um acordo com a Inglaterra.
Pode-se também dizer que com a chegada da corte, o Rio de Janeiro se desenvolve mais, já que passa a ser a capital do Brasil. 


Esse foi um resumo extremamente pequeno em relação à um livro que tem mais de 300 páginas. Creio que nenhum resumo sobre o assunto (nem mesmo apostilas que relatam a vinda da família real para o Brasil) mostra de forma tão clara tal acontecimento histórico. Indeed, it's a worthwhile book =)






Nicole Girotto





segunda-feira, 4 de junho de 2012

Origens do homem americano

Os primeiros povoadores da América

Primeiramente, deve ser ressaltado o fato de que há apenas hipóteses sobre a chegada do ser humano no continente americano. Acredita-se que este tenha se originado no continente africano, uma vez que o hominídeo mais antigo conhecido foi encontrado na África e é denominado Australopithecus afarensis, mais conhecido como "Lucy". Deste modo, o ser humano foi se dispersando para outros continentes, chegando finalmente até a América. Resumidamente, há duas hipóteses principais que abordam tal assunto.


1- De acordo com a primeira hipótese, como mostra a figura, o ser humano chegou no continente americano vindo da Ásia através do Estreito de Bering. Acredita-se também que a glaciação propiciou o deslocamento do ser humano até a América através de tal estreito, já que o nível das águas do oceano passa a diminuir, fazendo com que se formassem ilhas e que houvesse conjuntos de água que se solidificaram. Este acontecimento facilitou a passagem por este local. Atualmente, essas ilhas estão submersas, pois o nível das águas tornou a subir.
2- A segunda hipótese afirma que o ser humano chegou à América atravessando o Oceano Pacífico.


Brasil e os povos indígenas
As sociedades indígenas brasileiras possuíam economia de subsistência, ou seja, era voltada ao próprio consumo. Consequentemente, as possibilidades de trocas se reduziam muito. Os grupos tupis, por terem semelhanças com os povos do período Paleolítico, viviam da caça, da pesca e da coleta. Conclui-se, portanto, que não existia propriedade privada. Além disso, havia divisão do trabalho.
A antropofagia era um ritual decorrente das muitas guerras em que as tribos viviam. Sendo assim, quando um inimigo morria, acreditava-se que ao comer sua carne, os integrantes da outra tribo desenvolveriam suas características. O colonizador europeu, ao entrar em contato com o índio brasileiro e com seus costumes, considera tal prática totalmente anticristã e segundo alguns autores, até utiliza como pretexto a posterior escravização do mesmo.




Nicole Girotto




quinta-feira, 31 de maio de 2012

Pré-História

Pré-História
do surgimento do ser humano até o aparecimento da escrita


Os seres humanos e suas origens
Para estudar a pré-história, é indispensável que se faça uma análise do surgimento do ser humano na Terra. Há diversas teorias que abordam tal assunto, dentre as quais podemos citar: criacionismo e evolucionismo.








A teoria do criacionismo se baseia na Bíblia, havendo a crença na criação divina do homem, ou seja, acredita-se que este foi criado por Deus através de Adão e Eva. É importante notar que apesar de haver crenças nesta teoria, cogita-se o fato de que a passagem bíblica que retrata a criação do mundo, obviamente incluindo a criação do homem, é uma alegoria. Sendo assim, há aqueles que acreditam no evolucionismo, porém não descartam a participação de Deus na criação do mundo, considerando deste modo que tal passagem bíblica sintetizou a ação divina na criação do mesmo.
O evolucionismo, como já citado anteriormente, surgiu com os estudos de Charles Darwin em 1859. Até então, a única teoria utilizada era a do criacionismo, razão pela qual o cientista, ao expor suas ideias no livro "A origem das espécies", foi extremamente criticado. A ideia central no livro se baseia na seleção natural. Para Darwin, sobrevivem os seres mais adaptados ao meio ambiente em que vivem. A relação entre seus estudos e o surgimento do ser humano é nítida: surge, a partir daí, a teoria de que as linhagens dos seres humanos e dos macacos possuíram um ancestral comum em algum momento. É importante notar que é errôneo e equivocado afirmar que os seres humanos descendem dos macacos, uma vez que é provável que um ramo tenha gerado os macacos e outro ramo tenha gerado os humanos.




O período Paleolítico e o período Neolítico


No Paleolítico (Idade da Pedra Lascada), os seres humanos viviam da caça, pesca e coleta. Consequentemente, eram nômades, já que não produziam seus próprios alimentos, tendo, portanto, que se mudar constantemente para outras regiões quando estes se esgotavam. A descoberta do fogo, a qual acredita-se que ocorreu neste período da pré-história, propiciou ao homem uma maior capacidade de suportar o frio. Passam também a utilizar certas ferramentas, tais como lanças, arcos e flechas. Acredita-se também que houve a divisão do trabalho de acordo com o sexo - enquanto os homens caçavam, as mulheres faziam a coleta de vegetais.
No Neolítico (Idade da Pedra Polida), os seres humanos deixam de ser nômades e passam a ser sedentários. A explicação para tal mudança é o desenvolvimento da agricultura e a criação de animais, o que fez com que o homem produzisse o seu próprio alimento, fato que não ocorria no Paleolítico. É de suma importância fazer a observação de que, com a produção do seu próprio alimento, o homem passa a fazer estoques (já que além do necessário, passa a haver excedentes). Deste modo, nas futuras sociedades civilizadas, haverá o início das trocas comerciais, favorecendo maior desenvolvimento econômico. Nesse período, surgem as primeiras cidades e o desenvolvimento da metalurgia.








Nicole Girotto